cover
Tocando Agora:

Justiça Federal condena Instituto de Educação Superior por ofertar cursos sem autorização do MEC no Maranhão

Segundo a decisão, o Instituto de Educação Superior, Pesquisa e Extensão Pedro Alves de Pinho (Iespa) deve haver suspender todas as atividades de ensino irr...

Justiça Federal condena Instituto de Educação Superior por ofertar cursos sem autorização do MEC no Maranhão
Justiça Federal condena Instituto de Educação Superior por ofertar cursos sem autorização do MEC no Maranhão (Foto: Reprodução)

Segundo a decisão, o Instituto de Educação Superior, Pesquisa e Extensão Pedro Alves de Pinho (Iespa) deve haver suspender todas as atividades de ensino irregulares. Justiça Federal em São Luís (MA) Divulgação/Justiça Federal A Justiça Federal condenou o Instituto de Educação Superior, Pesquisa e Extensão Pedro Alves de Pinho (Iespa), em Nova Olinda do Maranhão, pela oferta de cursos superiores no Maranhão sem autorização e reconhecimento do Ministério da Educação (MEC). 📲 Clique aqui e siga o perfil do g1 Maranhão no Instagram Segundo a decisão, deve haver a suspensão de todas as atividades de ensino irregulares - desde que não se insiram na condição de cursos livres – e está proibida a realização de propagandas, de novas matrículas e a cobrança de mensalidades ou outras taxas aos estudantes. O Iespa também foi condenado ao pagamento de indenização por danos morais e materiais coletivos no valor de R$ 100 mil. A decisão ainda cabe recurso. Ainda de acordo com a decisão, desde 2017, o Iespa oferta cursos de graduação em Pedagogia e Administração no município de Nova Olinda do Maranhão, por meio da modalidade de ensino a distância (EAD), com aulas presenciais quinzenais realizadas nos finais de semana. O Instituto divulgava as propagandas de seus cursos através de carros de som e áudio, sem a utilização de qualquer material impresso. Nas cidades vizinhas, o Instituto ofertava cursos de graduação em Serviço Social, Pedagogia, Letras e Administração, com mensalidades de aproximadamente R$ 200. Irregularidades A decisão teve como base uma apuração feita pelo Ministério Público Federal do Maranhão (MPF-MA), em consulta ao cadastro e-MEC - o sistema eletrônico de acompanhamento dos processos que regula a educação superior no Brasil, no qual não encontrou registros para os termos "Instituto de Educação Superior, Pesquisa e Extensão" e "Instituto de Educação Superior, Pesquisa e Extensão Pedro Alves de Pinho", concluindo que o Iespa não possuía autorização ou credenciamento para ofertar os cursos superiores. A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), informou por meio de ofício que não há qualquer registro do Instituto de Educação Superior, Pesquisa e Extensão (Iespa), seja como mantenedora ou como instituição mantida no sistema oficial de ensino superior. Já a Promotoria de Justiça da Comarca de Santa Luzia do Paruá relatou que, desde 2016, o Iespa tem oferecido cursos de graduação em Pedagogia na cidade, com aulas realizadas nos fins de semana, na escola pública Centro de Ensino Cleobeto de Oliveira Mesquita. Além disso, ex-alunas relataram ao oficial de diligências que não receberam seus diplomas, mesmo após concluírem o curso. Cadastro obrigatório no MEC O MPF-MA destaca que o credenciamento das Instituições de Ensino Superior (IES) junto ao MEC é, não apenas obrigatório, mas também temporário, exigindo recredenciamentos periódicos para assegurar a continuidade das atividades acadêmicas. É uma etapa fundamental de validação da IES, sendo obrigatório para todas as instituições de ensino superior no Brasil. Veja também: Secretário do MEC fala sobre diretrizes da educação integral